Sou um porto seguro
daqueles de atracar corações
passo segurança, conforto e amo sozinha;
Eles esvaziam,
eu recebo,
nós nos despedindo,
o nada me enche
e enche tanto que explodo.
Quase explodo
porque aí vem mais um
alegria pura
no coração inocente;
Ganância e falsidade
no mentiroso coração
que aproveita a dor
que a mim é intrínseca.
A estrela me questiona:
-por que vive assim?
Quem porto nasceu
jamais será barco;
E desperto ela para a vida
de que ela vive para os outros
perdendo luz para que alguém veja.
Ela me diz que é diferente,
e eu só posso rir
e agradeço pela minha vida
porque sou porto,
mas pelo menos não sou como as estrelas,
inocentes,
burras,
manipuláveis,
desesperadas.
Lia Santos - 2º 2
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